quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Única Miragem

Que hei-de eu fazer, se sempre me vejo nesta tenacidade?
Dentro de mim, como lava, o amor existe
Mas por fora, a neve, cair no peito ainda persiste.
Ardo, mas tenho frio, sou forte, mas caio no rumor da saudade…

Procuro-te a cada noite, e não te encontrar, como é triste!
Por entre sombras, mais que duvidosas, a ti não chego.
É triste!!! Como deixar morrer nos lábios um segredo
Nos primórdios de um desejo que ainda existe…

Não houvesse em mim, nem neve, nem lava
Que não me adejasse em demasia, a força que lavra
Como arado divino, na alma a tua imagem…

Não te veria assim perfeita, mas, como poderias não o ser?
Nesta vida, és o mais, do tão pouco que ouso ver,
Como oásis num deserto, perfeita ilusão, és única miragem….

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